Instituto de Biologia do Exército

O IBEx na Biodefesa

 Os rápidos avanços na área de biotecnologia, que por um lado proporcionam inúmeros benefícios à humanidade, por outro, também possibilitam o seu uso para fins destrutivos. Esse é o chamado "uso dual" das ferramentas biotecnológicas, que atualmente causam grande preocupação no contexto mundial e que demandam estratégias de defesa. No cenário nacional, evidenciamos o Brasil como sede de diversos eventos de grande repercussão internacional, como o Encontro Mundial da Juventude Católica e Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo (2014), Olimpíadas (2016) e, em 2019, a Copa América, que envolvem a participação de um grande público, incluindo estrangeiros e autoridades, e podem ser alvo de ações terroristas. Todos esses acontecimentos evidenciam a necessidade do constante fortalecimento das medidas de defesa contra ataques envolvendo agentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares (QBRN), que também requer o preparo técnico-científico para lidar com tais agentes.

Conforme previsto na Portaria N° 204 - EME, de 21 de dezembro de 2012, que aprovou a Diretriz para Atualização e Funcionamento do Sistema de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear do Exército (SisDQBRNEx), o IBEx recebeu a atribuição de prestar assessoria científica ao referido Sistema, somando-se as demais atividades de análises clínicas e pesquisa científica na área biológica já desenvolvidas pelo Instituto. Para atender a nova demanda, houve a previsão da instalação e operação de um laboratório de pesquisa com, no mínimo, nível de biossegurança 3 (NB3), para a identificação de agentes biológicos de interesse à biodefesa.

Como um dos legados do investimento realizado para os grandes eventos, no que tange o preparo da defesa QBRN, o Instituto de Biologia do Exército possui atualmente um laboratório NB3, credenciado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio, e pronto para a manipulação e análise de agentes biológicos elencados na classe de risco 3, bem como, um laboratório de NB2, com equipamentos para a realização de pesquisa científica e diagnóstico molecular, em especial, dos agentes com potencial para uso como armas biológicas.